segunda-feira, 25 de setembro de 2017

O TRADICIONALISMO NOS PRÓXIMOS 70 ANOS

  Por ocasião do 65º Congresso Tradicionalista Gaúcho, foi aprovado como tema Quinquenal “PROJETO SOCIAL MTG VOLUNTARIADO”, tema este que passa a mensagem do verdadeiro sentido de ser tradicionalista, pois ser voluntário no movimento é um sentimento de que ser gaúcho vai além de cevar um mate e vestir uma bombacha, mas sim explanar aos demais a história, os costumes, a tradição do Rio Grande do Sul através do cantar, do declamar, do dançar, do ginetear e principalmente do cultuar a herança deixada por nossos antepassados durante as tarefas mais simples da vida. E para engrandecer ainda mais a proposta de dar seguimento aos próximos 50 anos do Movimento. No mesmo congresso foi aprovado o tema anual do MTG de 2017 que é: “RESGATANDO OS LEGADOS DE 1947- 70 ANOS DA CHAMA CRIOULA E DO GRUPO DOS 8”. Para nós tradicionalistas é uma honra em meio a tantas comemorações fazermos esta homenagem ao grande e pioneiro desde Movimento o Senhor João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes, que comemorando 90 anos de vida, assim se mantem firme e forte cultivando o tradicionalismo do Rio Grande do Sul.

     Há exatamente 70 anos atrás oito jovens deram inicio a tudo. Dentro do Departamento de Tradições Gaúchas no Grêmio Estudantil do Colégio Júlio de Castilhos, tendo como a frente deste grupo Paixão Côrtes, que encarou corajosamente para que os costumes e características do homem campesino não se perdesse entre tantas mudanças e influências norte-americanas que se havia no Brasil. Colocando suas bombachas e cevando o mate de cada dia, foi a partir daí que se teve a grande ideia de criar um Movimento para manter a identidade de nosso estado ainda viva. Assim inicialmente se pensou o que poderia ser utilizando como esteio deste cultivo, lembrou-se que o fogo é o maior símbolo de união entre os povos, como o Brasil estava passando durante as comemorações da Semana da Pátria, em 7 de setembro de 1947 num ato de improviso Paixão retirou com um cabo de vassoura a centelhada da Pira da Pátria. Acendendo literalmente o orgulho e o valor de ser gaúcho, dando inicio ao cultivo das tradições gaúchas. Esta centelha foi tornada e batizada como Chama Crioula, a partir deste ato se começou a 1ª Ronda Gaúcha que estendeu até o dia 20 de setembro do mesmo ano.

      Mas é com base nos fatos históricos citados, que este ano o Movimento Tradicionalista Gaúcho, passa á mensagem de que devemos dar sequência aos próximos 70 anos da Chama Crioula. Seguimento que tem seu futuro através das crianças e dos jovens, pois é neles e para eles que devemos nos dedicar, ensinado e cultuando a história, o folclore e a tradição do Rio grande do Sul. Realizando este culto em forma de palestras; atividades recreativas; grupos de estudos; momentos culturais, artísticos e campeiros; eventos e muito mais...


       Mas para isto tudo acontecer, temos de ser tradicionalistas natos, ou seja, agir em união de mãos dadas com entidades e departamentos coirmãos, mostrando para aqueles jovens e crianças que se espelham em nós   o que é ser verdadeiramente gaúcho de alma e coração. Assim tornando-os pessoas e tradicionalistas melhores para o futuro do Movimento Tradicionalista Gaúcho, relembrando os legados que foram impostos pelo Grupo dos Oito e reverenciando a Chama Crioula que é o esteio desta sociedade tradicionalista. Para que os mesmos preservem o núcleo de formação tradicionalista e a ideologia social deste estado. Tendo como fonte principal o verdadeiro sentido de ser tradicionalista e voluntario deste movimento que auxilia para o bem comum da sociedade Rio-Grandense e também do mundo. Assim como foi citado por Barbosa Lessa ao criar a Tese O sentido e o valor do tradicionalismo em 1954:

“O Tradicionalismo consiste numa experiência do povo rio-grandense, no sentido de auxiliar as forças que pugnam pelo melhor funcionamento da engrenagem da sociedade. Como toda experiência social, não proporciona efeitos imediatamente perceptíveis. O transcurso do tempo é que virá dizer do acerto ou não desta campanha cultural. De qualquer forma, as gerações do futuro é que poderão indicar, com intensidade, os efeitos desta nossa - por enquanto - pálida experiência. E ao dizermos isso, estamos acentuando o erro daqueles que acreditam ser o Tradicionalismo uma tentativa estéril de "retorno ao passado". A realidade é justamente o oposto: o Tradicionalismo constrói para o futuro”. 





Carinhosamente,

Maria Eduarda Menezes Prado
1ª Prenda Mirim da 30ª RT 
Gestão 2017-2018

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

FESTEJOS FARROUPILHAS

Chegado o mês de setembro, junto chegam as atividades de comemoração da Semana Farroupilha.

Mas, afinal, o que é a Semana Farroupilha?
A Semana Farroupilha é um evento festivo da cultura gaúcha, comemorada do dia 13 ao dia 20 de setembro, que é a data máxima para o Estado e para nós, gaúchos.

Por quê o 20 de setembro?
Porque no dia 20 de setembro de 1835, teve início a mais longa das revoluções brasileiras: a Revolução Farroupilha, que buscava ideias de liberdade, igualdade e humanidade e durou longos dez anos, até 1845.
Em virtude disto, desde o ano de 1996, no dia 20 de setembro é comemorado o Dia do Gaúcho, data transformada em feriado por decisão da Assembleia Legislativa, a partir de Lei aprovada no Congresso Nacional. O 20 de setembro é uma data que aprofunda o espírito de solidariedade, de ação unitária e coletiva e de patriotismo do povo gaúcho.

Como surgiu a Semana Farroupilha?

Tudo começou quando no ano de 1947, oito jovens estudantes, oriundos de um meio rural, liderados por Paixão Cortês, indignados pelo reflexo causado pelo modismo americano que os jovens dos países ocidentais tentavam copiar, criaram Departamento de Tradições Gaúchas, no colégio Júlio de Castilhos, com a finalidade de preservar, desenvolver e revitalizar as tradições gaúchas que estavam sendo esquecidas.
Entusiasmados com a ideia, procuram o responsável pela organização das festividades da Semana da Pátria e expressam o desejo do grupo de se associarem aos festejos, propondo a retirada de uma centelha do Fogo Simbólico da Pátria para transformá-la em “Chama Crioula” como símbolo da união indissolúvel do Rio Grande à Pátria Mãe para que a mesma aquecesse o coração de todos os gaúchos e brasileiros até o dia 20 de setembro, data magna estadual.
Naquela ocasião, Paixão Côrtes foi convidado para montar uma guarda de gaúchos pilchados para transladar os restos mortais do herói farrapo David Canabarro, vindos de Santana do Livramento para Porto Alegre.
Paixão, então reuniu sete gaúchos bem pilchados e no dia 5 de setembro de 1947, foi prestada a homenagem a Canabarro. No dia 7 de setembro de 1947, à meia noite e antes de extinguir o Fogo Simbólico da Pátria que queimava na pira, Paixão Côrtes, Fernando Machado Vieira e Cyro Dutra Ferreira, retiraram a centelha que originou a primeira Chama Crioula, que ardeu em um candeeiro crioulo até a meia noite do dia 20 de setembro, na primeira Ronda Gaúcha, que hoje é a nossa Semana Farroupilha.
Unidos pela força de amor a terra e pelo poder do fogo, os gaúchos decidiram manter acessa essa chama ano após ano.

Tema anual

Além disto, desde o ano de 1999, os festejos farroupilhas passaram a ter um tema em destaque, que é estudado e desenvolvido pelas entidades durante o ano todo e que culminam na Semana Farroupilha. 


O tema deste ano é "FARROUPILHAS: IDEALISTAS, REVOLUCIONÁRIOS e FAZEDORES DE HISTÓRIA”, que tem a intenção de homenagear as figuras da Revolução Farroupilha com o objetivo de revigorar o sentimento de amor à terra, de dedicação e de desprendimento que caracterizou aqueles bravos que lutaram e empobreceram por uma causa, por um ideal.

    A Semana Farroupilha é um período de despertar nas crianças e nos jovens, um sentimento de amor à terra, o interesse pela história de nosso estado e também de resgatar e cultivar as nossas tradições.

Encerro com uma frase dita por Paixão Cortês sobre o importantíssimo fato de criar uma Ronda Gaúcha e revitalizar nossas tradições:


“Não estávamos, nós os jovens, nos insurgindo contra as coisas do desenvolvimento, da liberdade, do progresso e nem éramos insensíveis à evolução. Mas queríamos também o direito de fixar as nossas coisas, de preservá-las, de valorizá-las dignamente nos seus devidos lugares”.


Carinhosamente,


Thuane Vagner
3ª Prenda Juvenil da 30ª RT 
Gestão 2017/2018